Sabe aquela sensação de que o ano voou e você não conseguiu de fato se programar para realizar o seu sonho? Será que você merece isso? E você sabe por que, mesmo estando na Europa, muitos brasileiros não conseguem realizar as suas Wish lists?
Bora descobrir?!
Uma das coisas que eu adoro observar é o quanto um europeu defende e prioriza o seu sonho, sua vida privada, sua vontade de realizar alguma coisa e não permite ser invadido por outras atividades mesmo que essa seja o seu trabalho. É admirável e completamente diferente do nosso comportamento.
O brasileiro tem tanta necessidade de sobreviver, tem o hábito e a força de trabalho em uma escala tão elevada, que quando é colocado nesse rítmo europeu de vida, ele se perde. A gente não sabe muito bem o que tanto fazer com esse “tempo livre” que a vida aqui nos permite viver. É um desafio, acredite!
O que acontece?
Nos primeiros meses é super divertido e fácil se deliciar com o tempo livre. Passado um período, a verdade é que, se você não se organiza para vivenciar essa tal liberdade, um vazio pode começar a lhe invadir! E essa é a grande armadilha que muitos brasileiros não percebem. Quando começam a sentir os efeitos do vazio dentro deles, as perguntas que não querem se calar são: A final estamos reclamando do quê? Estamos tristes por quê? Não precisamos mais “sobreviver”! Não precisamos mais abrir mão da nossa vida pessoal para trabalhar, trabalhar e trabalhar (…) O que há de errado conosco?
O que tem errado?
O que tem de errado é que não estamos acostumados a vivenciar o ósseo. Passada a fase da euforia do seu imaginário jurar que você está morando no lugar que você tira férias e a sua vida entra em uma rotina, o ósseo fatalmente fará parte dela e você precisa aceitá-lo ou se organizar para não vivê-lo. Aqueles que se incomodam com o ósseo, precisam colocar em ação, aquelas atividades que eles se prometeram a vida inteira que fariam se tivessem tempo. Agora há tempo! Vivencie-as!
O ósseo não combinado com o seu cérebro, pode lhe levar a sensação de improdutividade, de falta de ocupação; o que não é uma verdade, mas temos que aceitar que não estamos acostumados a ter esse luxo em nossas vidas quando moramos no Brasil.
“Quem nunca come melado, quando come se lambuza e tem dor de barriga.” É mais ou menos o que acontece com o ósseo quando temos o privilégio de tê-lo. Somos capazes de desfrutá-lo até um certo momento e de um outro tempo em diante, percebemos o quão não estamos mais tão bem quanto antes e nos perguntamos: O que está acontecendo conosco?
Decida se você quer vivenciar ou não o ósseo nesse momento!
A dica é: Está vindo morar na Europa? Saiba que você terá o privilégio de ter ósseo na sua vida!
Vivêncie-o! É uma ótima experiência, mas crie objetivos de vida para os seus outros momentos livres.
Você terá liberdade e escolha de como quer viver o seu tempo livre, aproveite e viva-o de verdade! Não faça como muitos brasileiros que até debocham de um conselho desses, porque eles logo se dizem: Óbvio que eu vou fazer tudo que eu sempre imaginei com o meu tempo livre! E aí, quando eles verdadeiramente o tem… o perdem porque não sabem por onde começar a vivenciá-lo e o vazio se torna maior. É preciso ter um plano!
Planeje o que você deseja realizar na sua vida quando os seu tempo livre chegar para que, de fato, você continue se sentindo livre! Livre para escolher se deseja viver o ósseo ou uma atividade que irá lhe realizar por ser feita no seu tempo livre.
E aí?! O que vai ser?
Um abraço,
Carla Cunha do Partiu Europa e do Coaching de Recomenço de Vida
Livro sobre como é morar na Europa com verdade e otimismo, além de auto-perguntas de preparo para essa jornada: Partiu Europa de Vez! Sair do Brasil sem medo e feliz. http://partiueuropa.com/livro-partiu-europa/